F A T A L I D A D E OU DESCASO?

Para quem acha que o que aconteceu na noite do dia 30 de abril na Rua Porfírio Sousa foi uma fatalidade, engana-se. Fatalidade é um fato relevante cuja essência da sua ocorrência não assegura nenhuma agravante que viabilize o fato, ou seja, quando nenhum aspecto venha a contribuir para o acontecimento.

Para que o acidente da noite do dia 30 de abril que levou a vítima ao estado gravíssimo e depois ao óbito tivesse sido uma fatalidade teria que ter sido observado os seguintes aspectos: 1º - A rua tinha que está iluminada; 2º - A motocicleta tinha que está numa velocidade de 30 a 40 Km/h (velocidade permitida para uma via de referencia); 3º - O condutor da moto tinha que ser maior de idade, ser habilitado, portar capacete e ter acionado a buzina há pelo menos 20 ou 15 metros da vítima como sinal de alerta. Se todas estas providencias tivessem ocorrido na prática e ainda assim o veículo tivesse atropelado a vítima, aí sim teria sido uma fatalidade.

Mas como a rua estava má iluminada; a moto estava acima dos 40 ou 60km/h e conduzida por um menor, sem habilitação, sem capacete e não houve o acionamento da buzina, tende-se a Supor que ocorrera um homicídio culposo.

O Estado e o Município possuem a tutela da garantia da segurança do cidadão e da comunidade; em tese, aquele adolescente não deveria estar/passar ali naquele horário, naquela velocidade pilotando uma moto; se estava foi por falta de controle e execução da Lei. Para o Estado e/ou Município estarem isentos da responsabilidade a Lei tinha que está sendo exercida no município como garantia e segurança do cidadão se assim fosse a responsabilidade cairia sumariamente somente sobre o infrator.
Extraído de Raio-X da Cidade

QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA

Mateus: 27, 24 – Pilatos viu que nada conseguia... então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: “... é um problema de vocês”.



Acompanho as sessões de nossa câmara de vereadores desde militante da Pastoral da Juventude nos anos 90, já vi e ouvi muitos atos e discursos de nossos vereadores que destoa do pensa a população de nosso sofrido município, por exemplo, a anulação de concurso público já homologado e com termo de posse na mão e trabalhando em suas funções. Não foi surpresa para os cidadãos presentes na sessão do último dia 30 de abril de 2010 (véspera do dia do trabalhador) quando do resultado da votação do projeto para novo concurso público enviado pelo poder executivo municipal.

Na verdade é necessário haver mais concurso público para que os filhos dos trabalhadores tenham alguma perspectiva de futuro digno, porém aprovar um, tendo outro em que nenhum dos classificados foi empossado legalmente e ainda dizer que está votando pela aprovação para dar oportunidade para quem ainda não teve, soa um tanto quanto demagogo por parte de nossos parlamentares. Oportunidade de quê? De pagar uma inscrição, estudar muito, ser aprovado e depois de lesado ter que recorrer à justiça. Pois parece que a missão da câmara é aprovar o concurso, mas cobrar a culminância do mesmo será problema de que passou.



Não podemos aceitar sem nada comentar, o fato de nossos “valorosos” vereadores se portarem como Pilatos, afirmando por várias vezes em alto e bom som, que o problema do concurso de 2007 é da justiça e de cada um que foi lesado na esperança de alcançar esse futuro digno.



Como representantes do povo esquecem ou não sabem que tudo que acontece no município é de responsabilidade dos notáveis eleitos da casa legislativa, alem do mais aos vereadores e dado o direto de votar a favor ou contra leis e/ou projetos, e, no caso de aprovado fiscalizar a aplicação de tal lei e/ou projeto, é o que chamamos de democracia, regime em que todos os cidadãos são livres para expressar seus pensamentos sem medo de represália...



Muitos dos concursados em 2007 votaram em algum candidato a vereador na esperança de que este sendo eleito lutasse para que o referido concurso tivesse sua finalidade esperada, isto é, todos os aprovados fossem empossados legalmente.



Infelizmente a inércia está impregnada em nosso parlamento municipal,...



Mas quero lembrar aos caros representantes do povo, que todos os problemas envolvendo a comunidade são sem ser repetitivo, da responsabilidade de todo vereador. Se para todas as faltas de respeito às leis em nosso município for preciso recorrer à justiça, qual será a necessidade de uma câmara legislativa? Afinal o significado da palavra vereador é: ver a dor do povo.



Só há democracia com parlamento livre, só há executivo ruim com legislativo ineficiente. Que a justiça seja feita.
Extraído de Raio-X da Cidade.

QUAL É SEU PREÇO?

Em um mundo cada dia mais individualista, corrupto, nefasto, egoísta e consumista, onde só vale quem tem fica cada vez mais difícil acreditar em sinceridade e honestidade. O homem começa desde muito cedo acreditar que tudo se compra, até mesmo pessoas, quando vai crescendo ver a firmeza desta tese ser confirmada pela sabedoria popular que diz: Todo Mundo tem um preço.

E qual é este preço? É muito difícil afirmar, mas, pode-se concluir que para muita gente não é muito, basta um minicargo, um mini-emprego ou uma minifunção com um super mini-salário. Já vi pessoas de palavras a punho contra o governo, hoje dentro da administração está calada, passiva, humilhada. Já vi político dizendo que está ali para defender o povo, hoje no poder diz que os prejudicados que procurem a justiça.

Quanto será que cada um ganha para dizer isto? E na próxima eleição, vão está na sua casa com o mesmo discurso e talvez com novas promessas, ou simplesmente querendo comprar seu voto para se manterem no poder.

E você? Qual é o seu preço? Uma promessa de emprego pra você ou para seu filho (a)? O pagamento de uma conta de luz? Ou 10 reais, ali na hora? Enquanto o povo agir assim, aceitando isso os governantes que teremos será isso que está aí. Político que diz ser vereador para defender o povo dentro da Câmara, mas, dentro da Câmara, se esquece do povo.

Di Sousa

POPULAÇÃO ATÔNITA E CIDADÃOS ASSUSTADOS; É ASSIM QUE ESTÁ A COMUNIDADE SAMBENEDITENSE, PRINCIPALMENTE DEPOIS QUE UM CIDADÃO DE BEM, MORADOR POR MAIS DE 35 ANOS NA RUA PORFÍRIO SOUSA, FOI VÍTIMA DA IRRESPONSABILIDADE, DO DESCASO E DA FALTA DE COMANDO NA “ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA” MUNICIPAL.

Ex vice-prefeito e ex vereador, esposa professora e pai de dois filhos médicos; uma referência da dignidade patriarcal e histórica, um legado de vida, nada disso teve significado diante da violência e da desorganização que impera em nossa São Benedito do Rio Preto.

O acidente ocorreu por volta das 21:30 hs, do dia 30 de abril de 2010, quando a vítima entrou em coma depois de ter sido atropelado violentamente em frente à sua residência por um jovem menor de idade que pilotava uma motocicleta em alta velocidade. Foi conduzido ao hospital onde recebeu os primeiros socorros e foi encaminhado para a capital São Luis.

No entanto a única ambulância existente no hospital estava sem combustível e só quem autorizava o abastecimento do veículo era Edmar Lopes, que depois de localizado deu a autorização, a ambulância foi abastecida e só aí a vítima pôde seguir viagem. Mesmo tendo sido internado em UTI e passado por cirurgia delicada não resistiu ao traumatismo craniano grave e diversas fraturas pelo corpo e veio a falecer 07 dias depois, deixando famílias de referencia de nossa cidade consternadas pela tristeza, pelo pavor, revolta e uma série de perguntas.

Uma delas: Quem é Edmar Lopes, que controla a ambulância, o combustível e o remédio da farmácia do hospital? Será que é o Edmar vereador que defende o prefeito na Câmara Municipal? E pode um vereador possuir cargo de confiança no Executivo Municipal? Será se a Lei permite vereador ter cargo de confiança na prefeitura e ser remunerado? Este Informativo prefere supor que o vereador esteja mesmo é prestando serviço voluntário para prefeitura mesmo sabendo que cargo de confiança não pode ser ocupado por prestador de serviço voluntário, mas parece que em São Benedito pode. Outras dúvidas: Porque crianças e adolescentes pilotam motocicletas em alta velocidade pelas ruas de nossa cidade? Porque não há limites de velocidade para motos e carros que trafegam pelas ruas de São Benedito? Porque não há sinalização de transito nas ruas? Porque não há controle de tráfego de veículos nas ruas do centro da cidade?

A dúvida maior: Será que pessoas vão continuar sendo vítimas da violência e as ruas vão continuar sem iluminação e os poderes Executivo e Legislativo não vão fazer nada? Quando será que em nosso município as Leis vão ser cumpridas? Enquanto estas coisas não acontecem temos que rezar e pedir ao Arquiteto Maior do Universo, para que o simples fato de atravessar uma rua não seja uma “operação de risco” como aconteceu com o nosso saudoso Ribamar Fernandes.
Extraído de Raio-X da Cidade.