Políticos, empresários e banqueiros acusados de práticas antiéticas ou ilegais brotam da terra no Brasil, mas alguns deles viraram emblemas nacionais da corrupção impune. Veja quais são:
JOSÉ SARNEY
Uma tempestade de denúncias de corrupção desabou, em 2009, sobre o presidente do Senado brasileiro José Ribamar Sarney de Araújo Costa, o José Sarney (PMDB-AP), de 81 anos, maranhense, ex-presidente da República (1985 a 1990). Mas o “homem incomum”, conforme o classificou o ex-presidente Lula, sobreviveu ao temporal e manteve seu poder em Brasília. Em agosto de 2009, foram arquivadas pelo Conselho de Ética do Senado, presidido por um aliado do acusado, nada menos que 11 denúncias protocoladas contra Sarney. As principais delas: os atos secretos, muitos deles favorecendo parentes do senador e de aliados; supostas irregularidades na Fundação Sarney; negócios de um neto do presidente do Senado com crédito consignado; uma mansão não declarada à Justiça Eleitoral; e um assessor [Aluísio Mendes] que teria usado o prestígio junto à Polícia Federal para obter informações privilegiadas para Fernando Sarney, filho do senador, investigado pela PF;.
No mês passado, o “honorável” foi pilhado usando um helicóptero do governo do Maranhão (chefiado por sua filha Roseana Sarney) para ir a passeio até sua ilha particular, Curupu, localizada no município de Raposa (vizinho a São Luís).
JAQUELINE RORIZ
Deputada e empresária do ramo agropecuário, Jaqueline Maria Roriz (PMN-DF), de 49 anos, foi absolvida no plenário da Câmara no dia 30 de setembro, onde respondia a processo por ter sido flagrada em vídeo de 2006 recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do “mensalão” do DEM. A deputada admitiu que o dinheiro seria destinado ao “caixa 2” de sua campanha eleitoral. Jaqueline é filha de Joaquim Roriz, ex-governador do Distrito Federal, impedido de participar das eleições de 2010 por ser “ficha suja”.
FERNANDO SARNEY
Filho de José Sarney, o empresário Fernando José Macieira Sarney, 55 anos, é um dos donos do Sistema Mirante de Comunicação – que inclui a TV Mirante, filiada da Rede Globo no Maranhão.
Investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em 2008, na operação “Boi Barrica” (rebatizada “Faktor”), Fernando foi acusado de chefiar uma organização criminosa que sangrava recursos federais em empresas ligadas aos ministérios dos Transportes e de Minas e Energia. A PF e o MPF também encontraram irregularidades e fraudes nas empresas do Grupo Mirante e no evento Marafolia (carnaval fora de época).
Fernando teve sua prisão pedida pela PF, mas nunca foi preso, sendo indiciado por cinco crimes: formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
FERNANDO COLLOR
Eleito presidente da República em 1989, o ex-governador de Alagoas Fernando Affonso Collor de Mello, de 61 anos, renunciou ao cargo em 2 de outubro de 1992, pressionado por manifestações populares – como a dos estudantes “caras pintadas” – e pelo processo de seu afastamento (impeachment), levado a cabo no Congresso Nacional. Contra Collor pesavam sérias denúncias de corrrupção, envolvendo tanto ele como o tesoureiro de sua campanha, Paulo César Farias, o “PC”. Collor ficou inelegível por 8 anos (até o final de dezembro de 2000), mas em 2006 elegeu-se senador pelo PRTB alagoano, cargo que ainda ocupa, agora pelo PTB.
JOSÉ DIRCEU
Para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, José Dirceu de Oliveira e Silva, de 65 anos, ex-chefe da Casa Civil (2003 a 2005) do governo Lula, é o “chefe da quadrilha do mensalão” – esquema de compra de votos de parlamentares da base em troca da aprovação de projetos encaminhados pelo governo Lula ao Congresso Nacional. Gurgel pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de Dirceu e mais 35 réus da ação penal referente aos crimes do “mensalão”. Apesar disso, o “quadrilheiro” José Dirceu segue tendo enorme poder em Brasília, despachando num hotel luxuoso com ministros e políticos, mesmo não ocupando nenhum cargo no governo federal. No encontro do PT que está sendo realizado em Brasília desde sexta-feira (2), Dirceu foi alvo de elogios rasgados tanto do ex-presidente Lula como da atual, Dilma Rousseff.
SALVATORE CACCIOLA
Ex-dono do falido banco Marka, o ítalo-brasileiro Salvatore Alberto Cacciola, de 67 anos, nascido em Milão, foi condenado no Brasil a 11 anos de prisão por crimes contra o sistema financeiro (peculato e gestão fraudulenta de instituição financeira). Ele causou um rombo aos cofres públicos de R$ 1,5 bilhão, vendendo dólares abaixo da cotação de mercado, após o Marka ter sido socorrido pelo Banco Central em 1999. Em 2000, Cacciola fugiu para a Itália e ficou lá até ser preso pela Interpol em 2007. Em 2008, foi extraditado para o Brasil, cumprindo pena no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (Rio de Janeiro). Foi solto em 25 de agosto passado, depois que a Justiça fluminense concedeu sua liberdade condicional.
(*) Não ‘biografados’, por falta de espaço: Paulo Maluf, Jader Barbalho, Daniel Dantas, Zuleido Veras, Antonio Palocci, Wagner Rossi, Alfredo Nascimento, Eike Batista, Silas Rondeau, Ulisses Assad, Astrogildo Quental, Waldez Góes e um extenso etc.
Fonte: Jornal Pequeno.
2 comentários:
Esta relação é só o começo dos grandes nomes, se formos enumerar os menores, não termina tão cedo. mas, é assim que nos sociedade civil, vamos constranger estes grandes corruptos do nosso país.Precisamos do Ministério público temos que fiscalizar juntos e combater com muita seriedade.
Nosso Honorável Bandido é muito mais do q um bandido; além de comandar uma quadrilha especializada em roubar dinheiro público, ainda comanda também um robusto esquema de distribuição de dinheiro público no município em troca de votos, são mais de 600 famílias recebendo dinheiro do município, algumas tem um membro da família prestando algum serviço outras nada fazem para receber o benefício. bota bandidagem nisso!!!
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