O texto encaminhado pelo Dr. Jorge Moreno:
"Aqui ninguém me olhava, eu era um pássaro triste", expressão usada pelo lavrador de 64 anos, Jonas, no interior de Santa Quitéria, até 2005 sem registro de nascimento.
Situações comuns que encontramos, eu e a Promotora de Justiça, Nahyma Ribeiro Abas.
Abandono, descaso, humilhações, violações de todos os tipos.
Encontrei casos de pessoas que não tinham registro de nascimento, mas, por incrível que pareça, tinham título de eleitor. Cidadãos reconhecidos apenas na época das eleições, deixados ao deus-dará para tudo mais: saúde, educação, moradia, salário, aposentadoria.
Registrar em Santa Quitéria, como na maioria dos municípios maranhenses, era uma tarefa difícil. As pessoas vinham ao Fórum e diziam assim mesmo:"Doutor, eu quero uma esmola". Eu dizia qual a esmola e me espantava, indignado, com a resposta:"o meu registro de nascimento".
Depois fui ver como funcionava a engrenagem da maldade, da desumanidade, a prática perversa de tirar proveito, registrando as pessoas apenas na época eleitoral, nessa sequência: pede-se ao cabo eleitoral; em seguida, o cabo eleitoral se dirige ao político próximo ou pretendente ao cargo e esse se dirige ao prefeito. Numa cadeia sucessória de clientelismo, favorecimento, corrupção, transformando a administração pública num bem de uso pessoal ou de um grupo e os serviços públicos, num favor que se faz para depois se cobrar.
Como? No final das contas, eis o resultado resultado: registro por voto.
Em Santa Quitéria fizemos sim as pessoas sonharem, quebrando essa cadeia da maldade humana de corrupção, de favorecimento na administração pública.
Posso não ter ajudado a resolver todos os problemas das pessoas, mas me orgulho de ter resolvido, colaborado na resolução de um problema do povo e mostrado que é possível sim fazer as coisas certas, que a administração pública pode funcionar corretamente para atender e efetivar os direitos inscritos na Constituição Federal.
É essa acusação que me fazem, porque ajudei a quebrar um ciclo de maldade e mostrar e escancarar um problema, quem causa, a sua raiz e quem são os favorecidos, que deveriam ser responsabilizados, mas não nunca sequer sentaram no banco dos réus.
É isso que eles chamam de envolvimento em prática político-partidária, porque ajudei a tirar das mãos deles o ganha pão, que não passa de esperteza, montar uma estrutura para ser eleito em cima do oferecimento e do favorecimento de serviço público, em cima da desinformação e sofrimento do povo.
Mas o que importa não é o prestígio que desfrutam no meio institucional, mas o conceito que o povo lhes dar: não passam de reles!
A todos e a todas que querem colaborar, peço que acessem esse vídeo, como forma de esclarecer os fatos, mostrar a verdade, a informação verdadeira, pois as mentiras, as vezes, tomam conta das páginas dos jornais, como diz Drumond, que pingam inverdades.
Acessem, divulguem para os seus contatos. Isso também é uma forma de ajudar, disseminando a verdadeira informação.
Depois de tudo, seu Jonas disse assim, que para mim valeu como incentivo e força para enfrentar tudo isso, essas perseguições e injustiças: "sou gente e tenho fé para frente que sou gente". Não existe dinheiro no mundo que pague essa satisfação.
Um comentário:
Se estes infames políticos, estes vermes da pior espécie que só pensam em se dá bem com a miséria dos outros, deviam se enforcar em praça pública para que nós ficássemos livres destas coisas. Imaginem como deve está a conciência(se ele tivesse) deste corrupto político que denunciou o Dr. Jorge Moreno.Mas, tenho certeza que a justiça divina não falha.
Genésio Alvino
SBRPrêto-MA
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