Temendo uma repetição das cenas protagonizadas na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados, a segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu isolar o prédio para o interrogatório do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), marcado para esta sexta-feira, em processo no qual ele é réu por estelionato. De acordo com a assessoria do Supremo, a entrada no complexo de prédios da Corte será restrita e nem os jornalistas terão acesso ao gabinete do ministro Ricardo Lewandowski.
Procurada pelo Terra, a assessoria de Lewandowski afirmou que pediu a restrição de entrada apenas ao gabinete, uma vez que o depoimento é sigiloso. Já a secretaria de segurança do Supremo não quis comentar a decisão.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em 2008, o pastor e um assessor firmaram um contrato para um show religioso na cidade de São Gabriel, a 320 km de Porto Alegre. Os dois forneceram à produtora do evento uma conta para o depósito do cachê de R$ 13 mil, mas não compareceram.
De acordo com a vítima, a produtora e advogada Liane Pires Marques, o assessor de Feliciano lhe telefonou para dizer que ele e o deputado haviam sofrido um acidente no Rio de Janeiro e, por isso, não poderiam viajar até o Rio Grande do Sul. Intrigada com a história, ela diz que pesquisou e não encontrou nenhum registro de acidente envolvendo os dois pastores. Segundo Liane, Feliciano tinha contrato com uma rádio no Rio na sexta-feira e a rádio pediu pra ele ficar mais um dia. Para tanto, teria oferecido o dobro do cachê combinado para o show em São Gabriel.
No processo cível, que ainda tramita na cidade gaúcha, Liane reivindica indenização pelos prejuízos que teve. No ano passado, a juíza que cuida do caso determinou que Marco Feliciano pagasse os R$ 13 mil a Liane como devolução do cachê. O deputado pagou. Mas ela cobra mais. Segundo a produtora, o prejuízo comprovado foi de quase R$ 100 mil na época, gastos com segurança, passagens aéreas e estrutura para o show. Ainda segundo Liane, a dívida hoje estaria em R$ 2 milhões.
A defesa do deputado nega a acusação. Segundo o advogado Rafael Novaes, Feliciano teria recebido o dinheiro, mas tentado devolver. Ainda segundo o defensor, os organizadores se recusaram a receber e entraram com a ação na Justiça.
Fonte: Terra.
Um comentário:
kd as matérias sobre são benedito? o que tá acontecendo na cidade?
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