Para Bira do Bindaré, empréstimo de R$ 1,5 bilhão pode quebrar o Maranhão

Assecom / Bira do Pindaré
No linguajar dos bancários, o empréstimo “papagaio” é feito quando se pede um empréstimo para pagar outro. O deputado Bira do Pindaré (PT), bancário de carreira da Caixa Econômica Federal, definiu desta forma o novo empréstimo de R$ 1,5 bilhão que a governadora quer fazer.
O governo do Estado enviou a Assembleia Legislativa o projeto de lei que autoriza o endividamento e o líder Cesar Pires (DEM) pediu urgência na votação. O deputado Bira encaminhou voto contra a aprovação do pedido de urgência e do empréstimo.
O deputado Bira do Pindaré (PT)
Segundo Bira, em 2012 o governo estadual já havia contraído uma divida de R$ 3,8 bilhões e até agora não se tem explicação e paradeiro desta enorme quantidade de dinheiro. Para o petista São Luís e o Maranhão não viram este dinheiro. Como exemplo, citou a falta de saneamento básico na Ilha de São Luís, onde apenas 10% têm tratamento de esgoto. Lembrou a situação precária das estradas da Baixada, o problema da questão fundiária e os piores indicadores sociais do Brasil.
“Nada mais adequado e transparente do que prestar conta da dívida que queremos pagar. Pra onde foi esse dinheiro? O que fizeram com esse dinheiro no estado do Maranhão? Eu olho para todos os lados e fico procurando saber onde se gastou tanto dinheiro. Por que o governo não presta conta dessa dívida?”, questionou Bira.
O parlamentar também ressaltou o fato que estes empréstimos comprovam o desespero da governadora com a proximidade das eleições de 2014. “Eles não têm mais o que fazer e resolveram agora no desespero pegar dinheiro emprestado de qualquer maneira para mais uma vez fazer aqueles convênios milagrosos na véspera da eleição tentando reverter um resultado que já está na cabeça do povo, nós já sabemos qual é o resultado”, denunciou.
Bira também lembrou que já existe no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de cassação da governadora por conta do abuso de poder econômico, e político nas eleições de 2010. Recordando o último pleito para governador, onde foram realizados convênios que agora são objeto de discussão no TSE, com dinheiro de outros empréstimos.
“Querem um empréstimo de R$ 1,5 bilhão, que já totaliza quase R$ 6 bilhões, sem discussão, sem debate, sem nada. Então essa é a posição que nós combatemos e enfrentamos e por essa razão nós votamos contra esse pedido”, concluiu.

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